
O Grande Decreto Mundial. – poema de Euler Luther Walkan
Exauriu o poder de produzir o que comer
A fome consumiu a própria carne até morrer
Água apodrecida já não se pode mais beber
Bocas lamentam e os olhares lagrimejam.
O ar está denso e sem oxigênio para respirar
A vida em sufoco está aos poucos a definhar
Viver está com os dias muito bem contados
Sobreviver é desafio redobrado a todos.
Caos e correria em ambição por migalhas,
O poder político perdeu o controle urbano,
O que restou para cada um foi, miseráveis tralhas,
O luxo virou lixo na boca dos corvos.
Cai a chuva corroendo faces e sementes
Brotam da lama estranhas espécies dementes
Lobos observam os restos mortais da humanidade
Em nenhuma parte se vê importante igualdade.
Geleiras derretem e águas ferozes cobrem cidades
E todas as beldades perdem seus vestidos brilhantes
Livros viram combustíveis para aquecer o corpo
E as igrejas não conseguem semear conforto.
Numa solução estarrecedora a vida está em jogo,
Bombas atômicas eliminam mais que jato de fogo.
Metade da população tem morte instantânea.
O grande decreto mundial teve triste ação errônea.
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